Não há nenhum pássaro azul em meu peito
Não há pássaro de qualquer cor
Não mais em meu coração
Não seria justo
Prendê-lo nessa cela de sangue e egoísmo
E alimentá-lo com poesia e amores medíocres
A liberdade das coisas sempre soou melhor pra mim
E por isso talvez nada nem ninguém me permanece
Nem mesmo a poesia
que há tempos vem secando
e mesmo assim insisto em procurá-la
em todo lugar
Não há pássaros em meu peito
Estão livres
Posso ouvi-los ainda assim
Eles voam o mais alto que podem
O mais alto que podem
Onde nenhum coração
os alcançará