Santa Dulce dos Pobres – (Teatro-Poema)
[Num senário que representa um templo católico com um assento especial no centro, está um (a) intérprete que sob o embalo suave de um fundo musical declama com clareza e emoção Um poema para Santa Dulce dos Pobres]
NARRADOR
(Em tom solene)
Irmã Dulce foi uma freira da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, viveu em Salvador na Bahia prestando relevantes serviços sociais, praticou a caridade, o amor ao próximo, enfrentou dificuldades, sacrificou-se por muitos. Foi conhecida como anjo bom da Bahia. Faleceu em 1992. No ano de 2019 foi canonizada pelo Papa Francisco com o Título Canônico de Santa Dulce dos Pobres.
INTÉRPRETE
(Declama o poema com clareza e emoção)
Movida de muita fé,
De coração brando e cheio de amor,
De família humilde e hospitaleira,
Ela viveu sua missão com ardor.
Em 1914 em Salvador na Bahia ela nasceu,
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes,
Oh, querida Irmã Dulce
A quem o Brasil nunca esqueceu,
Em meio aos mais pobres
Viveu, amou e cresceu.
Teve uma juventude bem especial,
O estudo, a educação e a caridade
Já vivenciava de forma tão fraternal,
Pois, já acolhia necessitados e doentes
Na humilde casa de seus pais.
Tornou o lar familiar
Lugar de atendimento a doentes e desvalidos,
Tinha atitudes nobres de se admirar
Uma delas era aos mais necessitados ajudar.
A casa de seus pais assim ficou conhecida
Como Portaria de São Francisco
Devido a tantos atendimentos caridosos
Àqueles que para a sociedade eram esquecidos.
Formou-se em professora primaria em 1932
Ministrou aulas, alfabetizou...
Rezou e cantou junto às crianças
Oh, Dulce, anjo bom da Bahia
Que até na prática do ensino se empenhou.
Mas, a vocação religiosa
Sempre com amor se dedicou,
Para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus,
Ela decididamente entrou.
Vivendo e estudando em São Cristóvão no Sergipe
Com fé e amor à missão ela sempre se motivou.
Tornou-se freira em 1933
Recebendo o nome de Irmã Dulce,
Nome este, em homenagem à sua mãe
Que tanto carinho e apoio à sua vocação lhe deu.
Durante toda a sua missão
Muitos e valiosos trabalhos realizou
Criar e ajudar a criar instituições beneficentes
Bem muito se dedicou.
Criou então o Hospital Santo Antônio
A quem muitos, acolheu e beneficiou,
Sendo estes um dos belos projetos
Das Obras Sociais Irmã Dulce
Como ponto de acolhida e apoio a pobres e doentes se revelou.
E das Obras Sociais Irmã Dulce,
Tem-se ainda o Centro Educacional Santo Antônio,
Escola de tempo integral,
Educação e formação a serviço dos mais necessitados,
É uma obra magistral!
Além de Acolhimento e Tratamento de Alcoolismo,
O Centro de Pesquisa Clínica,
A Clínica da Mulher Dona Dulcinha,
Entre outras que se criaram,
Todas são obras abençoadas
Que dos sonhos e planos de Irmã Dulce se concretizaram.
E a Fundação Operária São Francisco?
Em defesa de operários criada em 1936,
Muitas forças se revelaram.
De trabalho e de luta por cidadania,
Com ela, muitos se engajaram e se motivaram.
Irmã Dulce foi considerada
Uma das mais influentes ativistas humanitárias do século XX,
Sendo por todo mundo querida e admirada,
Eleita uma das 12 maiores personalidades brasileiras de todos os tempos,
Pois trabalhou, lutou e venceu com muito dignamente.
Foi por Irmã Dulce que o governo bahiano
Com pleno respeito e admiração
Decretou o dia 13 de agosto
Dia Estadual em Memória à Bem-Aventurada Dulce dos Pobres,
E juntamente com o povo bahiano cheio de emoção
Demonstrando-lhe enorme gratidão.
Em 2011 foi beatificada
Pelo Papa Bento XVI,
Agraciada pelo amor divino,
Oh, Dulce! Fruto dos gestos bondosos que tanto fez.
Em 2014, o filme biográfico Irmã Dulce
Nos partilha muito do que em vida lhe aconteceu,
Relata bem sua trajetória de vida,
Obra literária que até no cinema lhe descreveu.
Em outubro de 2019
Foi canonizada pelo Papa Francisco
Sendo o dia 13 de agosto, o seu dia,
Dentre muitos de seus feitos, a cura de uma pessoa cego,
E assim, se manifesta mais um de seus atos nobres.
Tornando-se SANTA reconhecida pelo Vaticano,
Com o título Canônico de Santa Dulce dos Pobres.
(O intérprete levanta-se do trono e reverencia o público. Fecham-se as cortinas)
FIM