Sinto o despertar de uma mudança
pelo vento que desacata as chamas
A confiança dos corpos consagrados em passada noite
tendem agora
ao desentrelace
Reuni
todos os cadáveres da esperança e do ódio
Após a chuva e o lindo entardecer
almejo vandalizar o arco-íris
Amanhã
me pergunte sobre hoje
hoje
me questione apenas
sobre o anteontem
Quando os fortes navios debruçarem
hei de estar no subsolo da ilha
para não ouvir lamúrias
sobre as certezas rompidas
e a manifestação do impossível acaso