Chegaste...
Quando já estava esquecido
O tempo de amar
O doce sabor de querer
Vontade de beijar...
Ou de chamar: querido!
Chegaste...
Retirando folhas amarelas
De outonos passados
Momentos de calor
Carinhos amordaçados
Cores de minha aquarela
Chegaste...
Desarrumando os sentidos
Revirando minha vontade
Desnudando os conceitos
Despudorando as verdades
Sem que eu tivesse percebido
Chegaste...
Eu nem sei se noite ou dia
Nem quanto tempo faz
Como dias fossem minutos
Tirou-me a calma, a paz
E aos poucos me envolvias
Chegaste...
Terás, porém, de ir embora
Não podes, tampouco eu posso
São caminhos tão distantes
Não os podemos chamar de nossos
Não há futuro, apenas o agora
Edla Marinho 02/05/2017