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Alvaro dos Reis

VERA

 

Este poema é um grito de acusações

Que se lixem as regras da metrificação

Assim como crucificaste o meu Coração

A lauda dos delitos do teu desamar

tem em mim pronta a acção de execução.

 

Fizeste-me a linha férrea da tua carga de rejeições

E depositaste na alma do Coração alucinações

Nas plantações dos meus sentimentos

Colocaste as nuvens no lugar das raízes

E os ventos das tuas palavras sem eixos de atracções

Na revisão semântica de alheias composições

Alteraste a vírgula e o ponto como se soubesses

Qual foi o sentimento que vomitou as interjeições e exclamações

Daquele épico poema do imaginar do nosso amor.

 

Álvaro Dos Reis