Carlos Daniel Dojja

MÉTRICA DA PALAVRA

MÉTRICA DA PALAVRA

Com que métrica, meço a palavra,
Que na profana finitude acena.
A palavra que não findo ou deslindo,
A espera da promissão do sentir.

Com que sina, exprimo, a palavra que desabitada não cabe.
Que quase de tudo no nada sente.
Com que reluto ou proclamo,
Antes de purgá-la ou expressar vivência.

A palavra que se define ou desdenha,
Que se sonha para fora de sua voz.
E que teima em ficar a espreita,
Em cada ver que verte a palavra existir.

Com que raiar, ilumino a palavra,
Que fibra se tece no esperar,
Pela palavra que aberta se esmera,
Em encontrar ser para recriar.

Carlos Daniel Dojja