Sinto, abortadas, lágrimas agora
Que no poente o sol se faz tristonho,
E na alma outros erros de outrora
Refletem-se em remorsos onde ponho
Minha censura autógena afora.
E nesta triste tarde eu me envergonho...
Minh\' alma penitente, hoje, chora
A perda de um futuro mais risonho.
E as lágrimas recolhem-se dos
olhos...
Um aperto das órbitas retém
Sentimentos de angústia nos refolhos
De uma alma tristonha a padecer
Com este sol poente e com o desdém
Por não tentar agir o bem viver.