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Maximiliano Skol

LÁGRIMAS

 Sinto, abortadas, lágrimas agora

Que no poente o sol se faz tristonho,

E na alma outros erros de outrora

Refletem-se em remorsos onde ponho

 

Minha censura autógena afora.

E nesta triste tarde eu me envergonho...

Minh\' alma penitente, hoje, chora

A perda de um futuro mais risonho.

 

E as lágrimas recolhem-se dos

 olhos...

Um aperto das órbitas retém

Sentimentos de angústia nos refolhos

 

De uma alma tristonha a padecer

Com este sol poente e com o desdém

Por não tentar agir o bem viver.