Estou, agora, pensando em você
Mesmo que agora isso não passe pela sua cabeça
Mesmo que eu nunca tenha dado provas do que sinto
Tudo isso é tão estranho para mim que prefiro escrever.
Todos os dias penso em você
Todos os dias lembro de ti
Quando vejo a tua mensagem, meu coração acelera
Na tua presença, me sinto um tolo, bobo ou deus, ou tudo isso ao mesmo tempo.
Quando te toco, me sinto tão vivo
Quando sinto o teu perfume, lembro-me que sou homem
E tudo isso é para mim como punição
Como um exilado do teu amor, escondo os meus sentimentos.
Então, transformo-me em ator e começo a interpretar
Tento ser uma pessoa que não sou, mas logo a máscara caí
E você contempla a minha face e não sente medo
Toca-me como alguém especial e digno de amor.
Mas, como leproso, escondo-me da tua presença
Como um cachorro ferido, me distancio com medo
Tento esconder as minhas fraquezas e fragilidades
Mas o teu olhar e sorriso acalma as minhas dores e medos.
No meio desses versos inúteis existe a confissão do que sinto
Ou do que senti, porque espero que o meu sentimento acabe aqui
E que esse poema seja um documento histórico do que senti por ti
Que depois eu possa olhá-lo com desprendimento e risadas.
Todos os dias imagino recitá-lo na tua frente
Dizer que esse poema foi para ti
E que um dia fui loucamente apaixonado por você
Mas que agora, não sentia mais nada.
Depois dessa confissão, você abriria o sorriso e diria que estava surpresa
E que, talvez, tudo desse certo entre nós
Mas o meu jeito nunca tinha revelado nada
Então, eu veria o teu sorriso de grata surpresa.
Porém, quando desperto do meu sonho imaginativo
Percebo que minha mente me pune
Mostrando-me que até o quase é melhor do que nada
De que confessar e ser rejeitado, sempre será melhor do que guardar um amor.
Então, sento-me na cadeira e vou estudar
Abro a rede social e vejo a tua foto
Olho o teu sorriso, a tua beleza e tudo volta ao que era antes
Prefiro disfarçar e continuar o meu caminho, esperando tudo isso acabar.