Talita Lima

Adeus mudo.

Não sei lidar com o fracasso.

A alma trêmula depois do acaso, desencontro. 

As notas soaram frias e o acalento vinha da cama vazia.

Não sei ouvir a negação. 

As palavras mudas no sentido anti- horário das causas.

As buscas vazias na madrugada fria. 

Não sei perder.

Talvez o corpo quisesse doer, mas inerte ficou depois do adeus não dado pelas circunstâncias. 

É só adeus. Mudo.

Atônito. 

Ininterrupto.

O ego desinfla e a casa se esvai... e o sonho se esvai... e tudo vira uma parede branca.

Não houve grito, a não ser da alma.

Não houve choro, a não ser silêncio. 

Só o respirar da liberdade que não era a minha.