por quem os sinos dobram?
As horas nuas, enregeladas
Fiam-se nas luzes que sobram
O hálito sonoro do bronze, badaladas
Qual a voz que se cala?
Que esse palato azinhavrado anuncia
Trombeteia,pela alma que se ala
A caritativa, um rosário desfia
Por que choras pensando tropeço
Ouça os pergaminhos seculares
É mais doce o fim que o começo
O luto sobrepuja os cantares
Trazes um óbolo sobre a fronte?
A travessia será longa e lenta
Não tenhas celeridade Caronte
Toque as águas, estão tão frientas.