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Isaque Romancini

Confuso

Não me interprete, eu fujo do mistério.
Não me leia, sou poema antigo, manchado, rabiscado, reinventado em um papel amassado.
Nunca fui planejado, não sou programado, mas me escolheram e me aceitaram!
Aceitaram sim, assim, na medida da ordem que fosse pertinente ao presente dos pais que ausentes, tiveram um amor renegado, com coração machucado, um chorar amargurado, mas muito guardaram.
Nunca fui perfeito, não foi assim que eu fui feito, eles também foram moldados, mesmo que sendo quebrados, meus pais, que me sopraram luz, da que foram soprados.
Na vida não somos perfeitos, nós sempre seremos refeitos.
Amor, calor, valor
Perdão, sermão, paixão
São tantas energias pra controlar, quisera eu ser perfeito pra poder alimentar.
Um ser, um alguém, uma força, um espírito, um pedaço bom, do bem!
Eu sou imperfeito, cheio de defeitos e um deles é amar.
Fogo e paixão, que fogem das mãos, feito água, escorrem nos dedos, se fosse terra, tinha seu peso, mas corre feito o vento e foge do meu peito a pleno pulmão.
Sou energia, que não se controla, mas se guia!
Tal como os elementos, que tenho conhecimento, impossível domado-los.
A dias de dores, mas a dia de amores.
Ontem te feri, não foi o que quis, mas imperfeito o fiz.
Hoje quero te curar, poder abraçar e tocar
Mas tocar um coração, cheio de perdão, aberto, sem medo de ser amado, velado, guardado, cuidado.
Um coração puro, lavado, nem que seja novamente forjado, o meu e o seu!
Te quero bem meu bem,
Nem que seja com outro alguém!