Roberio Motta

Ponteiros

Por que tu marcas?

Se quando passas esqueces

Um pouco do seu

Deixas um pouco do meu

 

Pois a vida é o próprio tempo

É cada instante

É todo momento

E ao piscar dos olhos

Deixa marca no pensamento

 

Cansado relógio ao vento

Onde teus ponteiros

Que não param

Não se cansam

Não dão pausas

 

Não amansam

Seguem ao tempo

Ao vento braços

Cansados sem abraços

Do tempo de limites

De um tal ano vinte-vinte!

 

 

 

Roberio Motta, 05 de um 7tembro

De Um tal Vinte Vinte.

Estado de Graça do Cariri.