Estar sozinho é paz.
Ou talvez seja solidão
com um nome mais bonito
pra enganar o peito.
O mundo cala,
o barulho vira eco distante,
e sobra eu
sentado comigo mesmo,
sem plateia, sem defesa.
A paz não exige companhia,
mas a solidão também não avisa
quando chega.
As duas usam o mesmo silêncio,
o mesmo quarto,
a mesma respiração lenta.
Às vezes é descanso.
Às vezes é falta.
E na quietude,
ninguém sabe dizer
qual das duas ficou.