Enquanto eu vou envelhecendo
Vejo a vida ganhar novos sabores
Amargos doces neles vou desfazendo
Certezas vou reescrevendo novos valores
Sarcasmo e quietude rock & soul
Vou percebendo que versões diferentes
Sejam minhas ou não podem ser melhores
Trazendo uma forma de interpretar condizente
Com os pensamentos que habitam os arredores
De quem fui e de quem sou...
Ainda que a base seja sempre a mesma e possa ouvir
O choro de um coração de cordas que nunca cessou
Percebo enquanto envelheço a inutilidade de construir
Conceitos rígidos num mundo que gira e nunca parou
Mas a minha guitarra continuará sempre chorando baixinho...
Deus nos abençoe
Carlos Correa