O Natal chega em passo sereno,
feito estrela beijando o terreno.
Traz no peito um calor tão fiel,
que abraça a ferida e a faz céu.
Nas janelas, a luz se derrama,
feito prece que chama e inflama.
Cada riso, tão simples e igual,
é um milagre vestindo o Natal.
Há silêncios que aprendem a amar,
e lágrimas prontas pra descansar.
O perdão floresce, essencial,
como o gesto mais puro e real.
Pois amar, mesmo após o final,
é a rima eterna do Natal.