Ressignificar é ter a coragem de dizer: \"Isso me doeu, mas não me define\".
É possível transcender qualquer coisa que não te mate e, ainda assim, entender que a cicatriz é apenas pele — mesmo que, às vezes, ela pareça voltar a sangrar.
Talvez não sejamos, afinal, capazes de mudar uma situação, e o que nos reste seja mudar a nós mesmos. É aceitar que nem todo silêncio é ausência de resposta; às vezes, o silêncio é a resposta mais barulhenta que existe.
Ressignificar talvez seja dar um novo começo, ou apenas uma reviravolta na mesma história. De certa forma, talvez os clichês tenham razão e a resposta esteja realmente na jornada. Talvez se trate de deixar de ser refém do \"e se...\" para assumir o \"apesar de...\".
No fim, o que realmente vale? Afinal, um dia seremos apenas um quadro na parede de alguém. E depois, nem isso.
Não se trata do que acontece com você, mas de como você reage ao que acontece. A dor é inevitável; e mesmo que não possamos decidir o tempo que ela permanece, podemos decidir como seguir apesar dela.
Escrevo tanto que chego a pensar que poderia escrever um livro. Mas não escrevo em português; escrevo \"a mim mesmo\".
Escrevo para não enlouquecer — ou, talvez, eu enlouqueça justamente enquanto escrevo. E depois, quando tudo está escrito, tenho a estranha sensação de que já li isso antes.
Hoje só pensei em você mil vezes... Amanhã, serão apenas novecentos e noventa e nove.