Escorei-me a beira de minha janela
E me lembrei de você
Do quanto me fez sorrir e chorar
Mas também, do quanto me fez sofrer
Passam dias, passam noites
E ainda lembro-me do cheiro
Do sabor de sua boca
Do calor de seu peito
Escorada na janela
Olhando a viela
Vendo quanto tempo passou
E ainda sim que falta me faz você
Não pudera para mim voltar
Ainda assim, a beira da janela
Atirei-me sobre a viela para encontrar
O meu amor que aqui nesta terra, já não mais está
Silva, beatriz. A beira de uma viela. Rio de janeiro, 19 de dezembro de 2025.