UNIVERSO PARALELO
Morria, exuberante, aquele dia...
O mundo presente, inimaginável
antes, não parecia responsável
pelo espetáculo que o bardo via!
Na tarde azul rubi que já se ia,
o sentido do amor era infindável!
Uma dádiva sublime... Notável
presente da eterna sabedoria!
Uma nuvem rosa esboça um formato,
e, logo, num paralelo universo,
o poeta mergulha estupefato!
Então, recordando a mulher que anela,
e, querendo perpetuá-la em verso,
fez um poema olhando o rosto dela!
Nelson de Medeiros