É Natal,
mas parece Halloween,
com fantasmas,
assombração,
lamentação.
Sombra daqueles que se foram
ou dos que somente inexistem,
sentados ao redor de uma mesa com a ceia,
essa mesa cada vez menos cheia.
Trajando,
sua melhor vestimenta,
com um sorriso de alguém que já não aguenta.
Repete,
se reinventa,
levanta-se,
reconstrói-se,
tentando negar que ainda dói.
Mas quando?
Quando essa dor vai passar?
Ou quanto?
quanto eu ainda terei que aguentar?
Deito e me viro incansavelmente.
Como eu faço para acalmar a minha mente?
e em um piscar de olhos,
Já é Natal novamente,
e o Natal mais parece Halloween