Antonio Ramos

Chove

Chove: Sinto esta  chuva fina e insistente, cair sobre a minha cabeça mansamente e  a vejo diluir-se com  meus pensamentos, enquanto  escorre pelo meu rosto inexpressivo. 
Vendo este dia tão monótono e silencioso, mas que profundamente me agrada, insiro-me resignado nesse momento. 
E me deixo arrastar rua abaixo, como as folhas caídas de árvores, agora secas, levadas por esta enxurrada de águas lamacentas e nostálgicas, como as dos dias de chuva da minha infância.