\"Que falta eu sinto de um bem... Que falta me faz um xodó... Mas como eu não tenho ninguém... Eu levo a vida assim tão só.\"
?Ah, que falta eu sinto de um bem! O bem mais precioso de minha vida, alguém que eu sempre desejei, almejei e implorei aos céus para chegar ao meu alcance.
?Os anos se passaram e alguns candidatos à vaga do meu coração foram ousados o suficiente para se candidatar. Heróis que se dispuseram a se aconchegar ao meu coração flagelado e, assim, me fazer acostumar com a sua presença e baixar a minha guarda... Mas ela nunca baixou, nem sequer recuou!
?Eu falo tanto de amor, mas não sei o que realmente é isso — ou será que sei e me engano? Mente confusa, coração pesado e amores passados... Meu bem não vai chegar, não precisa se preocupar. E se ele chegar e eu não for hospitaleira o suficiente para ele finalmente se aconchegar? E se eu deixá-lo passar?
?Tudo o que eu penso é recuar e não me preocupar: \"eu me viro sozinha\". Engraçado é que eu sempre temi a solidão a ferro e fogo, mas hoje é ela o que me afaga. Talvez eu seja uma piada, uma pirada idealizante... Uma aspirante à poesia, com a mente em meio à maresia e o coração em meio à tempestade.
Mas de que adianta, se a solidão e a turbulência fazem parte do meu ser? Talvez este não seja o melhor lugar para se aconchegar; sinto muito em lhe informar.