Quantos reis são necessários
Para que o reino pereça?
Quantas damas se sacrificam
Para pô-los nesses postos?
Quantas lágrimas irão rolar
A fim de o juízo alcançar?
Os bispos clamam, clamam por ti!
Estão banhados pelo vinho do viver.
Aglomeradas mãos do desespero,
E os peões também se deixam ir...
Cavalos correm, viram à esquina;
Apedrejados na noite tão linda.
Seus rodeios, em frente viram,
No sumir desse imenso azulão.
As colunas deste reino,
Estão prestes a ruir.
Suas torres, sem mais desejo,
Lançam fora a força do vencer.
O horizonte abre as portas
E nos mostra o final.
És então um outro adeus,
Ó nosso viver.
— Xeque-Mate