Pelo mundo afora
Matam-se gente
Todos os dias
Incessantemente,
Impõem-se o medo,
a escassez,
criam-se histerias,
Paranoias, perversões
Quem não morre
Fica doente.
Pelo mundo afora
Matam-se gente
De todas as cores,
De todos os credos,
Culpados ou inocentes.
Os líderes do mundo
Negociam o financiamento
Das guerras,
O cowboy ianque
Que bebe petróleo
E come moedas pela manhã
Instaura a guerra na varanda
De nossas casas.
Aves de aço cruzam
Os céus de Abya Yala
Cuspindo fogo
Terra viva arde com
As chamas das bombas
Latinamérica em brasas
O mundo cala.
Pindorama mãe gentil
Afasta de nós o fuzil,
E proteja nossas terras raras,
Nossas matas, nosso ouro
E nossa soberania inata.