Lágrimas são salgadas como o mar que carrego por dentro, e como o nome dele preso na minha garganta. O nome dele ainda é um ponto fraco no meu coração — e, de alguma forma, na minha vida inteira.
Talvez ele não saiba, mas ele faz uma bagunça imensa na minha cabeça e de alguma forma na minha vida, toda vez que eu o vejo, e provavelmente seja isso que me afeta tanto, o fato de o ver e nunca saber o que é verdade ou não. Se ao menos ele soubesse o quanto a presença dele me deixa feliz, e ao mesmo tempo com os sentimentos bagunçados, talvez a gente devesse morar nos começos, assim não acabaria a parte boa.
Lágrimas deveriam dizer exatamente o que o coração não diz com palavras. Lágrimas pesam falam, entregam, são salgadas como tudo o que eu tentei guardar pra mim, lágrimas dizem verdades que a gente queria esconder.
Lágrimas doem, mas limpam, são a forma mais honesta de desabar, chorar não significa sinal de fraqueza, mas sim de que a alma precisa de descanso, chorar é alívio, é descarregar aquilo que tanto anda pesando as costas, chorar não é ser fraco, é apenas \"dizer\" o que tanto está escondido. Chorar dói, liberta, conta histórias, é sangrar por dentro sem ninguém ver.
Chorar é deixar que a alma encontre um caminho para respirar.
As lágrimas carregam o peso do que não coube no peito,
lavando silenciosamente o que a boca não soube dizer.
É o corpo dizendo que sente, que tenta, que continua.
E, quando caem, mesmo salgadas,
abrem espaço para que algo mais leve nasça depois