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poeta no quarto

cinzas na boca

O que faz sentido para alguns, não o faz para os demais

Sinto a carne torta, a pele fria demais

Tudo o que você me mostrou, eu já te abandonei

 

Me desculpa, sinto muito

Quero te ter por mais um minuto

O toque já não é o mesmo

O sorriso foi falseado, o vômito consagrado

 

Desejo a morte para tudo que é sagrado

Seu corpo nu e descalço

A grama e a relva

Um fim temporário para toda dor

 

Tudo se faz de novo por outros caminhos

Cíclico e sem saída

Agora sei que não vou te possuir em vida.