LidyaMorgan

Brilho sem nome

Nas sombras do céu, um brilho a se esconder,

Movendo-se entre os astros, sem nunca se entender.

Algo se aproxima, suave e distante,

Como o suspiro de um vento constante.

Sussurros no vácuo, ecos sem fim,

Um brilho que cintila, mas não é para mim.

Passa por entre os planetas, sem nome, sem som,

E tudo o que vejo é um reflexo, um tom.

A luz que surge não sabe onde está,

Flutuando nos cantos do espaço, a vagar.

Perdida entre os corpos, sem rota, sem guia,

Mas há algo em seu brilho, que atrai, que alivia.

Em seu rastro, o vazio se torna infinito,

Cada estrela é um enigma, um grito inaudito.

O que é que desliza entre as galáxias, assim?

É apenas o nada, ou há algo mais, enfim?

No final, uma verdade que surge sem querer:

O brilho que buscava, era algo a entender.

Era mais que a luz que as estrelas se pede,

Era um amor, que em meu peito,

no escuro.. se perde.