Nas sombras do céu, um brilho a se esconder,
Movendo-se entre os astros, sem nunca se entender.
Algo se aproxima, suave e distante,
Como o suspiro de um vento constante.
Sussurros no vácuo, ecos sem fim,
Um brilho que cintila, mas não é para mim.
Passa por entre os planetas, sem nome, sem som,
E tudo o que vejo é um reflexo, um tom.
A luz que surge não sabe onde está,
Flutuando nos cantos do espaço, a vagar.
Perdida entre os corpos, sem rota, sem guia,
Mas há algo em seu brilho, que atrai, que alivia.
Em seu rastro, o vazio se torna infinito,
Cada estrela é um enigma, um grito inaudito.
O que é que desliza entre as galáxias, assim?
É apenas o nada, ou há algo mais, enfim?
No final, uma verdade que surge sem querer:
O brilho que buscava, era algo a entender.
Era mais que a luz que as estrelas se pede,
Era um amor, que em meu peito,
no escuro.. se perde.