Tu eras o fechamento de uma equação existencial perfeita,
a chave para a abertura de portas esquecidas,
as cores do meu dia e a minha aplicação diária de alegria.
Teu olhar fazia-me ver além do mesmo,
e teu abraço, em minha chegada, era o meu lar absoluto.
Ainda não ouso dizer teu nome em voz alta,
ainda espero ver-te além de pequenos trailers.
Como posso não saber onde você está,
se sinto você tão viva em meu peito que chega a arder?
Que remédio há para isso, se não o de ir rumo ao incerto
mesmo que eu tenha que abandonar meus planos e destino.
Sem você, não há texto em livros,
som em músicas,
nem vida em mim.
Arthur de Mello Noos