UM DOS POUCOS
Descubro que sou um dos poucos que inda restam
Dos amigos que já se foram...
Um cortejo fantasmagórico de lembranças
Perpassam perante mim...
E sinto-me até inexistente
No emaranhado dessas recordações
De amigos cujas vozes ainda me ressoam,
De abraços de cujo aconchego ainda me aperta,
De sorrisos a esboçarem sinceridade... Do WhatsApp a receptiva mudez Permanece em silêncio funéreo. Tudo isso desloca--me do real
E sinto-me noutra dimensão de existir:
Se relembrar é viver– vivo inexistente,
Compartilhado no etéreo
Frequentemente.
Tangará da Serra,08/12/2025