É este o mel que impregna a colmeia
É minha dor se virando com o rebanho
Qual destino há para este universo doce protegido pela K47?
Ralando no pasto
É sempre o mesmo translado
Ao abatedouro
Tem boi ruminando
Uma saudade apertada
Um choque de realidade atual
Uma dor demasiada
É tanto passatempo
A maioria não se conhece no trem-bala
A fé é minha desalinhada
É como um calçado que não
Sabe distinguir os passos
Não conheço esta novidade explosiva, impessoal e fria
Já aconteceu, e hoje ainda há quem opina
Uma corrida maluca
Pilotos desatentos
Gente ruim incorporada
Pior que camicase
Erraram todos os alvos
Mas acertaram outros
Em minha cidade
No coador do tempo
Passou toda a sentimentalidade
Introduzida em norma atualizada
O amor tão rarefeito a esta nova fase!
Foi pedir manutenção ao criador desta
Carta régia de transição
Tem IA para todos os lados
Daqui a pouco, baby
Teus beijos terão gosto eletrizado
Mundo prorroga a droga
Anestésica por hoje
A vida irreal é muito cara
E a real é ingrata
Não existe casa
Para saciar a fome
Onde a máquina fria
Quer substituir o homem.