Eder Maurilio Soares

Laços invisíveis

No amanhecer ou no entardecer, 

Quando a luz tênue não alcança as sombras profundas, 

Meu coração se encontra nessa penumbra, Perdido em meio a tantas angústias.

 É um desejo profundo que queima no peito, Mas as correntes invisíveis me prendem ao chão. 

A solidão me abraça, com seu manto nublado, E a tristeza brota,

 Como um rio de lágrimas que não para de jorrar. 

Entre mundos diferentes, 

Há um abismo intransponível, 

Separando os corações destinados a jamais se encontrarem. 

É uma promessa não cumprida, 

Um sonho irrealizável, 

Que assombra os amantes em seu silêncio doído. 

E assim, o coração segue desejando, 

Num sussurro eterno, 

Um elo que transcende o tempo e a realidade, Vivendo na esperança de um dia, 

Em algum lugar, 

Poder se concretizar.