Olhei nos teus olhos e vi um mundo inteiro,
Vi força, vi ferida, vi um destino tão verdadeiro.
Antes tão frio, tão fechado, quase impossível de ler,
Mas eu também te vi sorrindo… e isso fez algo em mim nascer.
E naquela brisa leve, naquela fumaça que veio e foi,
A serotonina dançou em mim, e meu olhar te buscou depois.
Te observei rindo de canto, te observei quieto também,
E cada gesto teu dizia mais do que qualquer “tá tudo bem”.
Talvez você não fosse o Miles, como tentei imaginar,
Talvez eu fosse o Miles tentando sempre me encontrar.
E você seria a Gwen, com aquela frase que assombra e vem:
“Em todos os universos… nós dois nunca terminamos bem.”
E ali eu percebi o tamanho das tuas dores guardadas,
Teu passado te segurando, tuas feridas não fechadas.
O amor em ti ainda dormia, e precisava acordar,
Mas o tempo pra isso, “bê”, seria longo… longo demais pra eu esperar.
Você ainda me procura às vezes, toca algo em mim, fascina,
Mas você mesmo dizia, como quem quase desafina:
“Você vai ter que esperar.”
E eu prometi pra mim, com firmeza e lucidez,
Que nunca mais esperaria por um homem
nem por você, nem uma vez.