Anya

Marcas que o tempo não Acalma

 

 

O amor me assusta,

sentir demais dói,

e às vezes me descubro frágil.

Para quem já sentiu tanto, sou apenas uma flor que hesita em desabrochar,

não porque deixou de acreditar,

mas porque carrego feridas que não ouso abrir outra vez.

Há marcas que o tempo não toca,

silêncios que continuam falando mesmo quando tudo parece calmo.

E assim, recolhida, guardo o que ainda me resta,

esperando o instante em que eu tenha forças suficientes

para permitir que outra primavera aconteça.