Acho que aprendi, enfim,
a gostar da minha companhia.
O silêncio virou abrigo,
e estar sozinha me ilumina.
Porque às vezes, outra presença
é som demais, olhar demais.
E eu só quero a leveza
que a minha própria paz me traz.
Gosto das minhas amigas —
sejam riso, silêncio ou pranto.
O coração delas me chama,
e eu sigo sempre escutando.
Gosto de sair, mas às vezes
o mundo exige demais de mim.
Quando o peso vem sem aviso,
eu retorno ao meu próprio jardim.
Conhecer gente nova cansa,
é energia que se mede, se gasta.
A não ser quando, por sorte,
alguma alma já se encaixa.
Antes mesmo de sabermos,
sem esforço, sem demora.
Esses encontros raros acontecem…
e a gente guarda pra vida afora.