E tão absorto no meu próprio mito
É assim tão morto que me sinto vivo
Me pergunto o porquê disso.
Pois nesse mundo ateu, eu me sinto um rito
Caindo no chão, eu alcanço o teto
E me sentindo um porco, me encontro frito
E nesse mundo torto, eu me sinto reto
Me pergunto o porquê disso.
E de repente, minha vida está na mesa, num joguinho de cartas
Eu percebi que quem muito anda sozinho, um dia se farta
Que quem muito se preocupa com o ninho, no fim não cria nada
Cansado disso,
Eu apostei que um dia esse passarinho criaria asas
E por algum motivo sei, fiz a aposta errada
E não preciso me perguntar o porquê,
Não disso.