No limiar da lua, estou levitando nesse universo
Luz azul nos meus olhos, o reflexo da noite
Indo em frente, gostaria de não olhar para trás
Meu peito se umedece com ansiedade, seja a minha paciência
Meu rosto não transparece o que sinto
Sou aquele que é imperceptível
Procurando alguém que leia um livro em branco
Porque todas as coisas acontecem da forma que não deveriam
Escrevo e entendo línguas diferentes
Mas, estar só nessa realidade às vezes cansa
E vou observando meus olhos se fecharem
Enquanto vou dormindo na imensidão do vazio
Ponteiro no alto, meu organismo não consegue ficar quieto
Me deixe descansar, me deixe relaxar por um momento
Estive a tanto tempo deixando o sangue sair
Que quando alguém tenta estancar, me deixa inseguro
Tantas fases, lembrei que não sou daqui
Meu limite, meu coração, minha mente, já estão no ápice
Se eu começar a me fundar, você vai puxar minha mão?...