Talvez eu seja o verbo em palavra
cor das cores do arco-íris
colorindo meus pensamentos.
Sem voz? Não.
Tenho versos —
sou amante das palavras desenhadas.
Talvez eu não saiba pronunciar os versos,
mas sei desenhá-los com o coração,
e é só isso que me faz inteira:
o grito silencioso da minha alma
para que o outro enxergue
o quão peculiar eu sou.
Enigma da existência humana,
sou o traço que se refaz,
complexo, todos os dias —
um sopro de mistério
em busca de luz.