I
Condenado a transportar veemência
À porta do amor transpassou
Se esforçando a manter continência
Seu brio mais sagrado resvalou
II
Sem recuar na estrada em ruínas
Pulsando em decorrência do ardor
Vagando com o vento em demência
Derramou pelos olhos angústias genuínas
Que mal lhe rolavam já dançavam vapor
III
Já assustado gritou por clemência
Cansado de andar esperou
Do coração lhe brotou a urgência
Contrariado a correr desatou
IV
Acusado de tal negligência
Sua vela em fim se apagou
No escuro de tristeza e inocência
Seu vermelho se envolutou.