Stéfani Rossi

CARTA DE DESPEDIDA II

Eles, que já vão tarde

De longe os escuto darem suas últimas gargalhadas

Essas, ácidas por fora,

estraçalhadas por dentro.

 

O silêncio não lhe são

como um cristal raro e precioso.

Não admira-me ou questiono-me, pois,

o que há de mais sensível

não pertence a primitividade.

 

Agora, apenas rezo calada

Transmuto e purifico o futuro

Sei daquilo que me pertence

Mas quero limpo

Quero puro.

 

S.R.