O ardor sanguinário sobe pelo corpo apressadamente — perca brusca de controle do próprio templo.
Por que há tanto ódio a despeito de mínimos detalhes? Não há respostas.
Apenas a raiva e a ferida tornam-se grandes demais para o tamanho desdobramento.
Caminha pelos cômodos enquanto se belisca,
grita forte, marca a pele.
Para onde vai? És inválido diante do próprio impulso.
Desconta a dor interna, externalizando-a enquanto procura as pílulas de sono.
Não deverias agir — é fuga.
Ela se usa.
A morte, o coma, a overdose?
Pouco se questiona quando o intuito é livrar-se, ainda que por instantes, da pior angústia que nasce no peito.
O coração em chamas é capaz de quaisquer sejam as reações;
infernalmente, fará perder a razão, a noção,
manchar tua imagem — ou ferir alguém.
No entanto, afaste-se enquanto há tempo.
Isto é perigo.
Não se aproxime: teu amor não suportaria carregar sufocada consciência.