CONJUNÇÃO
A carne treme como que febril
O corpo por inteiro se dilata
O sangue corre nas veias feito rio
E alma do espírito se desata
Os soluços se cruzam com gemidos
Enquanto a pele de suor se abastece
Da boca brota sons indefinidos
E o peito de volúpia estremece.
A carne, a alma e o espírito
Se misturam em comoção eterna.
E riso entre gargalhada e grito
Se acalma em uma paralisia terna.
Depois de conjugados os sentimentos
E da conjunção dos seres dilatados
Eternizam-se esses momentos
Em essências de aromas perfumados.