C4torze

Grãos de Arroz

Sufoco, sinto falhar meu pulmão.
Sem ar, levanto o braço, e nada me puxa.
Gritos.
Por que ninguém me puxa?
Por que ninguém me salva?
Eu abro os olhos, e de repente estou sentado no céu.
Eu olho pro chão
E lá embaixo vejo meu corpo – um pequeno grão.
E, ao redor dele,
Uma multidão.
À eles eu lanço um olhar,
Ao céu eles lançam a mão.