Na paisagem em que vivo
na porção do cosmos em que estou
e no instante imediato que respiro
de vez em quando me pego indagando:
“quem sou?”
Na síntese incompleta das minhas interrogações
trago em mim a polifonia de uma multidão de mortos
e uma certa hesitação frente às tantas certezas sólidas
Talvez eu seja isso:
um Quixote desorientado e sem cavalo
à procura de seu moinho de vento