Yves de Sá

O canto da andorinha

O canto, a noite,

Tudo sempre na minha cabeça,

Como se cada momento fosse um fantasma,

Em uma perseguição infindável.

 

Escrever é transpor,

Esvair de mim tudo que dói,

O que me assola se desvia entre as palavras,

Uma corrida infinita.

 

A dor parece o sentimento mais sublime,

Com o maior poder de destruir.

Por isso sigo fugindo,

Como uma andorinha foge da chuva.