Fico ansiosa em reencontrá-la depois de tanto tempo,
aquela garota da foto dum dia de verão e vento.
Sempre rindo e fazendo outros rirem facilmente,
ecoando leve, tão naturalmente.
Me lembro do cabelo ruivo claramente
hoje em dia não parece mais combinar com ela, honestamente.
E aquele sorriso — ah, que sorriso mais caloroso…
tão raro agora, tão precioso.
É quase impossível vê-lo constantemente,
tão diferente daqueles dias quentes.
Época em que de sua felicidade certa era crente,
e, principalmente, de que conseguia suportar a solidão,
solidão essa que nunca esteve em nenhum daqueles dias,
nem nas tardes calmas, nem nas manhãs vazias.
Me pergunto se, quando a ver novamente, conseguirei reconhecê-la;
se conseguirei ter a sorte de capturar aquele mesmo sorriso teu,
e ver que, não importasse a cor do cabelo, quanto tempo passasse,
você sempre esteve ali — era sempre você.