Demito-me...de viver.
Abro concordata dos meus sonhos mais valiosos.
Silencio a falência que há tempos habita em mim.
Como um desgraçado devedor respiro o ar poluído da derrota,
Cansado estou desde o dia que corri da felicidade.
Na manhã de sol vi lugares desconhecidos,
Voltei para minhas neblinas.
Vergonha há para os que não cansam de invejar os afortunados,
Ver a pobreza dos outros me aflige.
Ainda sinto o palpitar do meu coração
Mesmo sem que eu queira
Sufocado do dia após dia vive a certeza do esquecimento.
Não há de ser nada ser ninguém.