Vênus Não Terra

Versos que me puxam

Eu escrevo o que sinto,

escrevo amor doído,

não falo de objetos —

mas acho tudo tão bonito.

 

Eu escrevo quando chama,

quando o peito faz sinal;

e quando ele chama forte,

não tem pausa, não tem final.

 

Largo tudo sem medida,

vou cantar no papel,

feito quem despe a vida

pra tocar o próprio céu.

 

Eu não sei — já disse antes:

a mente vê, tenta explicar…

mas é o coração que manda,

é ele quem me faz versar.