Luiz Teixeira

Velório

Rosto que parece sorrir
Assusta e não pode sair
Ecoa o lamento da notícia
Sopro final da falência
Leva toda inocência
Cai na vida fictícia

 

Dias lenitivos e vazios
Formam futuros bravios
Féretro cala na lembrança
Música que canta a dor
Cintila a obscura cor
Som do silêncio que amansa