Deus sumiu — e faz tão pouco tempo,
Mas os devotos já caminham cabisbaixos, derrotados;
Os ateus ainda seguem firmes, mas desconcertados.
E eu, que creio na inércia, apenas permaneço… lento.
Agora as guerras são constantes,
E as pessoas tornaram-se arrogantes.
O bem afundou num rio profundo,
E o mal, enfim, tomou para si o mundo.
Humanos — frágeis, incapazes de viver.
Tornaram-se fracos após Deus desaparecer.
Quando a última crença se esvaiu, a humanidade se foi.
E a bondade… pode sequer existir sem um Ser supremo?
Anoitece — e o meu medo cresce.
Se à luz do dia já são assassinos, o que serão à noite?
Simples: monstros. Monstros errantes;
À espreita, prontos para erguer uma macabra seita.