night angel

CREPÚSCULO.

O inferno desce junto ao vácuo.

O canto profano arranca os olhos das criaturas.

O odor podre da sensação beira o limbo.

 

Contentado com a minha miséria,

Me atiro dimensão afora,

Abraço os lábios às trevas,

Outrora tenha os banhado em vermelho.

 

O crepúsculo em seu cume,

A úmida brisa sacia os alvéolos,

As lágrimas do vazio beijam meu rosto,

Enquanto minha insignificância e o cosmos contrastam.