Corpos celestiais,
abundantes com brilhos fenomenais.
Cada uma sem desejos carnais,
a perfeição de criações divinais.
Sol, a estrela mais radiante do farol,
a mais amada pelo girassol.
Não vejo a hora dele eclodir,
para me salvar daqui.
Mercúrio continua na rotação.
Em 88 dias se queima sob o clarão.
Depois dos 88 congela em solidão.
176 dias preso na mesma condição.
A estrela de vênus me deixa inseguro,
teu belo brilho me deixa confuso.
Queria respirar um pouco do seu ar,
pra finalmente descansar.
Terra, o lugar que era pra florescer.
Aqui você tem que lutar pra sobreviver.
cedo demais entendi o que é sofrer,
mas nunca vou mudar meu jeito de ser.
Marte ensanguentada,
antes era dourada.
Planeta vermelhado,
um dia foi desvalorizado.
Júpiter, o maior do sistema solar,
o protetor que não tem o que clamar.
Ele se importa demais,
mas às vezes destrói mais.
Saturno, o planeta da luxúria,
não se envaide pela sua angústia.
Não se embeleze tanto,
tua beleza natural já é um encanto.
Urano, com seu clima parado.
Não queira esses sentimentos ao teu lado.
Não prenda-se ao seu passado, não fique mais gelado.
Vai por mim, não queira um destino velado.
Segundo gigante congelado,
netuno, fique ao meu lado.
Deixe-me sentir um pouco do seu frio,
não quero que sinta isso tudo sozinho.
Plutão, por muitos era amado.
Por poucos, era desclassificado.
O que importa se não tem um requisito espacial,
isso que te torna tão especial.
Somos um universo estranho de decifrar,
olhe pra dentro de si e tente se encontrar.
Milhares de constelações vão nos guiar,
mas depende de ti em qual vai confiar.